Dossiê 07 - Registro de material publicitário em fita cassete

Área de identificação

Código de referência

BR RJCOC LA-DP-IC-07

Título

Registro de material publicitário em fita cassete

Data(s)

  • 11/1977 (Produção)

nível de descrição

Dossiê

Dimensão e suporte

Documentos sonoros: 1 Fita cassete (1h05min; cópia digital).

Área de contextualização

Nome do produtor

História arquivística

Procedência

Área de conteúdo e estrutura

Âmbito e conteúdo

O material foi produzido por MEDISOM e se trata de um depoimento para Revista Médica Falada. Gravação em fita cassete de material publicitário do medicamento Rimactazida (300mg de rifampicina/150mg de isoniazida) produzido pela Ciba intitulado “O movimento lógico no tratamento da tuberculose” – Quimioterapia da Tuberculose Pulmonar (profs. Drs. Jayme dos Santos Neves e Germano Gerhardt Filho). Primeira associação fixa de RMP+INH; dose única diária de 2 drágeas, possibilidade de tratamento a curto prazo, rápida negativação do escarro e menor custo global de tratamento.

Avaliação, selecção e eliminação

Ingressos adicionais

Sistema de arranjo

Sumário de assuntos

Área de condições de acesso e uso

Condições de acesso

Condições de reprodução

Idioma do material

  • português

Forma de escrita do material

Notas ao idioma e script

Características físicas e requisitos técnicos

Instrumentos de pesquisa

Inventário

Área de fontes relacionadas

Existência e localização de originais

Existência e localização de cópias

Unidades de descrição relacionadas

Descrições relacionadas

Área de notas

Nota

Sumário: Poliana Orosa Rodrigues
-0:00 a 15:00 minutos:
O documento começa com o narrador falando a respeito da situação da tuberculose no Brasil e sua evolução. Fala das iniciativas governamentais de combate à endemia, médicos, assim como da Revista Médica Falada. A seguir, introduz os dois depoentes, o doutor Jayme dos Santos Neves, professor de epidemiologia do Centro Biomédico da Universidade Federal do Espírito Santo, e o doutor Germano Gerhard Filho, chefe de clínica do Instituto de Fisiologia e Pneumologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Jayme dos Santos começa a falar sobre a quimioterapia da tuberculose e seu processo de tratamento. Dr. Jayme diferencia a cura clínica da cura epidemiológica da tuberculose, e afirma que a cura do paciente (cura clínica) é a regra e o combate à doença, visando a diminuição de sua incidência, o que ainda é exceção e um desafio maior. O tratamento individual é simples e com a combinação correta de drogas é atingido quase invariavelmente; o tratamento coletivo é um problema de logística administrativa de acordo com o depoente. A seguir Jayme dos Santos Neves descreve as fases de ataque e manutenção e as combinações de drogas usadas nas duas para alcançar o objetivo desejado. As premissas para o tratamento coletivo são diferentes e mais complexas do que para o tratamento individual. O tratamento epidemiológico tem que ser simples, barato, eficaz, tolerável, oral e realizado no ambulatório, supervisionado e curto. A partir daí, o médico exclui algumas combinações de drogas para o tratamento, por serem longas, ou caras demais, e explicita as combinações que tornam esse tratamento mais eficaz, barato e simples. Ele cita dados sobre casos, curas e abandonos de tratamento na América do Sul e os compara a dados obtidos em outros lugares do mundo. visando comprovar que os resultados de cura e abandono são um fracasso.
-0:15 a 0:30 minutos:
Comenta sobre as razões pelas quais o tratamento acaba sendo interrompido e conclui que para o tratamento ter eficácia é preciso ampliar a descoberta de casos e introduzir o medicamento logo no início do diagnóstico, sendo necessária a mobilização de todas as unidades sanitárias no movimento anti tuberculose. Fala da importância dos exames de diagnóstico e também na distribuição dos medicamentos, além da importância em encurtar o tratamento para que seja mais facilmente comercializado; a adoção de tratamentos curtos também ajuda para que o paciente não o abandone e o médico apresenta dados mostrando que o número de abandonos em tratamentos curtos é perceptivelmente menor do que em tratamentos mais longos. Mostra que através da utilização de esquemas curtos em massa de tratamento se poderia chegar à extinção da tuberculose. Cita países como Argentina, Índia e outros que utilizam o esquema de tratamentos de 6 meses e tiveram significativos resultados; apresenta também esquemas de tratamentos com 4 e 3 meses, mas que obtiveram números expressivos de recidiva. O médico explica que o tratamento é de 3 meses e mesmo assim tem impacto epidemiológico na regressão das infecções, e que para ter sucesso em regimes curtos é essencial o uso de duas drogas: rifampicina e isoniazida na face agressiva. Explica o uso dos medicamentos na fase de ataque e a fase de manutenção da doença, em período de tratamento curto que obtém resultados visíveis já nos primeiros 30 dias. Comenta tratamentos de curto prazo, apresentando dados que confirmam que 70% dos casos teve seu tratamento finalizado em quatro meses, sendo um mês para fase agressiva e os outros três para manutenção. 20% obteve seu tratamento finalizado em cinco meses, dois meses para a fase agressiva e os outros três para fase de manutenção e apenas 10% finalizou o tratamento em seis meses, três para fase de ataque e mais três para fase de manutenção. Afirma que o único elemento que contraria o tratamento é o valor alto das medicações, mas que os tratamentos curtos além de terem resultados epidemiológicos melhores, também apresentam custos iguais ou inferiores aos tratamentos tradicionais.
-0:30 a 0:45 minutos:
Fala sobre a obrigação médica de oferecer um tratamento rápido e de qualidade. Fim do lado A da fita e apresentação do lado B, agora com o dr. Germano Gerhardt Filho. Comenta que parte dos abandonos ao tratamento acontecem pelo fato de uma melhora relativa no início e a dificuldade de manter o paciente motivado a usar medicação quando ele já se sente bem. O abandono do tratamento é o maior empecilho para a cura da tuberculose e por isso é importante reduzir o tempo de duração do mesmo. Importância da descoberta da rifampicina no tratamento contra a tuberculose, mas que seu preço elevado representa também um empecilho. Na fase de ataque, as medicações rifampicina e isoniazida são as mais importantes para combater as infecções causadas pela tuberculose. Comenta sobre as experiências desenvolvidas em animais, principalmente camundongos, para eliminar a tuberculose, usando os regimes terapêuticos. O médico apresenta um estudo britânico feito na África que mostrou a possibilidade de reduzir expressivamente o tempo de tratamento, utilizando dois modelos de regimes terapêuticos e comparando-os com o regime padrão utilizado no país. O estudo aponta para a redução do tempo de tratamento utilizando uma associação das medicações rifampicina e isoniazida.
0:45 a 1:05 minutos
Fala sobre um estudo francês que utilizou três modalidades de tratamento teste: 9, 6 e 3 meses, com resultados coincidentes com o estudo britânico e mostrando a eficácia da utilização da rifampicina no tratamento; estudos semelhantes foram feitos em outros países. A combinação de medicamentos mostrou que na fase de manutenção da doença, drogas menos ativas têm bons resultados; na fase de ataque, foram administradas drogas mais enérgicas; o uso de medicações menos ativas na fase de manutenção também barateiam o custo do tratamento. Cita resultados na Índia onde o tratamento foi reduzido a 20 semanas, mas as taxas de recaídas são maiores do que os tratamentos de regime de 6 meses. Apresenta resultados animadores de ensaios brasileiros, usando quatro diferentes regimes terapêuticos. O médico afirma que os ensaios de regimes curtos de tratamento têm embasamento teórico e clínico e testes em animais suficientes para serem aplicados, e por isso pode se aceitar hoje uma quimioterapia de seis meses. O fato do tratamento ser reduzido, em apenas seis meses aumenta a operação dos tratamentos contra a tuberculose, pois reduz o tempo de controle dos pacientes e diminui o número de pessoas que abandonam o mesmo. Além disso, com um tratamento reduzido, é possível alocar funcionários para outros programas de saúde uma vez que o tempo de controle aos pacientes é reduzido, o que também reduz os custos finais do programa contra a tuberculose. O uso de esquemas de medicamentos mais potentes faz com que a resistência primária diminua. Reutilização do esquema curto de tratamento no caso de recaídas após 6 a 12 meses de tratamento, sendo possível reaplicar o tratamento e obter êxito. O médico se posiciona a favor da tomada assistida dos medicamentos a fim que esta seja empregada da forma correta, e o tratamento tenha sucesso.

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